Estudar a linguagem da Arquitetura requer alguns conhecimentos específicos, daí a necessidade de pesquisas a diversos sites, livros e revistas da área.
Alguns textos básicos sobre Arquitetura e imagens ilustrativas pontuaram o conhecimento para a compreensão de conceitos e elementos da Arquitetura.
O que é Arquitetura
Professor Lindomar
Desde os primórdios da humanidade as pessoas vêm construindo abrigos, casas e edifícios para diferentes funções em suas vidas, da necessidade de sobrevivência ao prazer de aliar tecnologia, utilidade e beleza numa construção. São aspectos como a “proteção” e “apropriação” de um determinado espaço que se complementam, formando uma espécie de reino da personalidade humana diante do mundo. É possível pensar na construção de uma casa como sendo a segunda pele de uma pessoa, tal como se diz do vestuário, em relação a função protetora. Em cada período histórico da nossa civilização a arte de construir foi se moldando aos hábitos e costumes próprios daqueles tempos e espaços, inclusive utilizando como base a matéria-prima disponível, e ainda, projetando sua construção de acordo com o relevo e o clima locais. Muitos desses trabalhos permanecem erguidos, nos permitindo explorar peculiaridades dos mais diversos povos. Grande parte dos antigos edifícios que permaneceram até hoje são monumentos funerários, templos, teatros e palácios. Neles encontra-se a importância de seus familiares, a grandiosidade de seus deuses, o poder dos seus reis ou o prazer de se produzir arte.
Etimologicamente o termo “arquitetura” vem da junção das palavras gregas “arché”, que significa "primeiro" ou "principal", e tékton, que possui o significado de "construção".
De forma ampla é possível definir a arquitetura como sendo uma intervenção no meio ambiente para satisfazer uma determinada expectativa, de forma a criar novos espaços, e com a intenção de se trabalhar com elementos estéticos. Pode-se também afirmar que a arquitetura é uma forma de arte visual, que pretende criar construções em um determinado espaço. O profissional que cria os projetos das construções é o “arquiteto”.
Atualmente para se produzir um projeto de arquitetura, existe uma série de regulamentações que não pode ser esquecida prioritariamente, mas há pessoas que, ainda hoje, constroem suas casas e/ou local de trabalho sem seguir determinadas formalidades, que na arquitetura é denominado “partido”.
O “partido” é a formalização de uma série de fatos que aponta para as condições e necessidades anteriores à produção arquitetônica. É preciso determinar a “técnica construtiva” que será utilizada, para decidir quais recursos materiais e humanos serão utilizados, até mesmo se haverá necessidade de uma mão-de-obra mais sofisticada, no caso de produção de um estilo mais rebuscado. As “condições físicas e topológicas” do local onde será feita a construção, precisam ser estudadas, assim como o “clima” da região. Não se pode deixar de fora do projeto arquitetônico os usos e costumes populares que envolvem os futuros moradores ou empreendedores, desta forma realizando o “programa das necessidades”. Por fim é essencial tornar o projeto “legal”, amparando-o por legislação específica, normas sociais, e/ou regras de convivências públicas.
Entre os elementos que compõem uma obra de arquitetura os alicerces e as estruturas são componentes fundamentais. O primeiro é formado por grandes pilares cravados no solo e sobre os quais um edifício se apóia, e o segundo, é uma espécie de esqueleto da obra, com seus alicerces, paredes, janelas, tetos, entre outros elementos.
No Brasil temos como ícone da nossa arquitetura Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Fontes
COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2000.
LEMOS, Carlos A. C. O que é Arquitetura. São Paulo: Brasiliense, 2003.
GOITIA, Fernando Chueca. (Org.). História Geral da Arte: Arquiterura I. Espanha: Ed. Del Prado, 1995
Significado de Arquitetura
O que é Arquitetura:
A arquitetura significa construção, e refere-se à arte ou a técnica de projetar uma edificação ou um ambiente de uma construção. A arquitetura é a arte de projetar espaços organizados e criativos para abrigar os diferentes tipos de atividades humanas.
A arquitetura é a disposição das partes ou dos elementos que compõem os edifícios ou os espaços urbanos em geral.
A arquitetura é o conjunto dos princípios, normas, técnicas e materiais utilizados pelo arquiteto, para criar um espaço arquitetônico. O arquiteto é o profissional legalmente habilitado para o exercício da arquitetura.
Arquitetura é o conjunto das obras realizadas em cada país ou continente, criadas em diversas civilizações e em diversas épocas.
Arquitetura Grega
A arquitetura grega, famosa por suas grandes obras, alcançou seu máximo no governo de Péricles, sobretudo em Atenas. Os grandes nomes da arquitetura grega foram Ictínio e Calícrates, responsáveis pela construção de vários monumentos. Os templos eram as principais obras, construídos em pedra talhada, de tal modo ajustados que dispensavam argamassa. Suas colunas tinham três estilos arquitetônicos distintos pela forma e feitio das colunas e do capitel: o dórico, apresentando colunas de linhas rígidas e capitel liso, dos quais o mais famoso é o Partenon, em Atenas; o jônico, caracterizado pela leveza e elegância das colunas, visível no templo da deusa Niké, também em Atenas; e o corinto, com a parte superior (capitel) ornamentada em forma de folhas, encontrado no Templo de Apolo em Corinto, na atual Turquia.
ELEMENTOS DA ARQUITETURA
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Arquitetura Grega |
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Elementos da ArquiteturaO Barroco no Brasil
Vindo pelas mãos dos colonizadores, principalmente portugueses, leigos e religiosos, o estilo Barroco chega ao Brasil no século XVIII, 100 anos depois de seu surgimento na Europa e permanece aproximadamente até as duas primeiras décadas do século XIX. Em território brasiliense o barroco sofre influências portuguesas, francesas, italianas e espanholas. Mestres portugueses por hora se uniam aos filhos de europeus nascidos no Brasil e seus descendentes caboclos e mulatos para realizar algumas belas obras do barroco brasileiro. O movimento barroco no Brasil tem seu ápice artístico a partir de 1760 com a variação do rococó do barroco mineiro.
Durante o século XVII a Igreja teve um importante papel como mecenas na arte colonial. Algumas ordens religiosas como beneditinos, carmelitas, franciscanos e jesuítas que começaram a se instalar no Brasil desde a metade do século XVI desenvolveram uma arquitetura religiosa sóbria e muitas vezes monumental, traços de gosto europeu eram reconhecidas nas fachas e plantas retilíneas de grande simplicidade ornamental.
O barroco acaba se proliferando sobretudo no nordeste e no sudeste do país, porém a primeira manifestação de traços barrocos, se bem que misturado ao estilo gótico e românico pode ser encontrada na arte missionária dos Sete Povos das Missões na região da Bacia da Prata no Rio Grande do Sul, nessa região durante um século e meio padres missionários ensinaram índios guaranis uma síntese artística com base em modelos europeus.
Em meados do século XVII, manifestações de espírito barroco são vistas no resto do país, presentes em fachadas e frontões. Construída entre 1633 e 1691 a Igreja e Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, possuí talha barroca dourada em ouro em estilo português.Os motivos folheares, a multidão de anjinhos e pássaros, a figura dinâmica da Virgem no retábulo-mor, projetam um ambiente barroco no interior de uma arquitetura clássica.
Na Bahia no fim do século XVII é introduzido na decoração o barroco, um exemplo disso é antiga Igreja dos Jesuítas, hoje a Igreja Catedral Basílica. Os traços barrocos podem ser identificados na capela-mor, com seus cachos de uva, pássaros, flores tropicais e anjos-meninos.
Entre 1700 e 1730 uma onda de pedra esculpida tende a se disseminar nas fachadas, como imitação dos retábulos, seguindo a lógica da ornamentação barroca. Somente em 1703 que o dinamismo do estilo conquista o exterior de um edifício, na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência em Salvador. É importante observar que o barroco brasileiro apresenta uma exceção, mesmo em um período grandioso das igrejas barrocas nacionais, essas são marcadas por um contraste entre a relativa simplicidade entre seus exteriores e suas ricas decorações internas, sinalizando com isso, a virtude de recolhimento, requisito necessário à alma cristã. Nesses primeiros 30 anos é difundido no Brasil o estilo “nacional português”, sem variações significativas na várias regiões.
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Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência em Salvador, 1703. Fonte:http://bit.ly/9LJi2B
Por meados de 1730 e 1760 surge um novo ciclo de desenvolvimento do barroco, com predomínio do estilo português chamado de Joanino, cuja origem é fundada no barroco romano. A construção de naves poligonais e plantas em elipses entrelaçadas são de origem desse período. Destacam-se também nesse período os artistas portugueses Manuel de Brito e Francisco Xavier de Brito.Na metade do século XVIII, ocorre uma certa estagnação no Nordeste das construções barrocas devido a perda de força econômica e política. O foco do estilo barroco volta-se para o Rio de Janeiro, transformada em capital da colônia em 1763 e a Região de Minas Gerais cujo desenvolvimento foi forçado pela descoberta de minas de ouro e diamante. Por isso que é exatamente nesse período que os maiores artistas barrocos brasileiros se revelam, o Mestre Valentim no Rio de Janeiro, e Antônio Francisco Lisboa o Aleijadinho na região de Ouro Preto e seu entorno.
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Santuário do Bom Jesus dos Matozinhos, em Congonhas - MG, obra de Aleijadinho, 1805. Fonte:http://flic.kr/p/4z34qk
A partir de 1760 é na suavidade do estilo rococó mineiro que se encontra a linha mais autentica do barroco brasileiro. A extrema religiosidade popular é expressada em um espírito contido e elegante, constituindo templos de arquitetura em planos circulares e de índole harmônica e dinâmica, com uma bela decoração em pedra-sabão. As construções monumentais são então substituídas por templos mais intimistas, de proporções singelas e decoração requintada, voltados para a espiritualidade e condições materiais da região.
Na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis da Penitência encontra-se um dos mais bons exemplos bem-acabados desse estilo, cujo risco, frontispício, retábulos laterais, altar-mor, púlpitos e lavabo são de autoria de Aleijadinho. Na teto da nave encontra-se uma pintura ilusionista de um dos mais talentosos pintores barrocos Manoel da Costa Athaide. Outra grande parceria desses dois artistas está representado aos Passos da Paixão de Cristo para o Santuário do Bom Jesus dos Matozinhos em Congonhas do Campo, e é nesse mesmo santuário que Aleijadinho deixa o testemunho mais adorável de seu talento artístico, seus 12 profetas de pedra-sabão. O Rio de Janeiro se diferencia das outras cidades pela tendência à sobriedade neoclássica. Um exemplo disso é Passeio Público e o Chafariz da Pirâmide do Mestre Valentim onde é possível encontrar um equilíbrio entre os postulados racionais do classicismo, a dinâmica do barro e um certo sentido de delicadeza da estética rococó, formulam o espírito da arte carioca da segunda metade do século XVIII.
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